foto: autor desconhecido
Era noite. Olhou para céu e se sentiu ínfimo. Sensação de poeira preencheu-lhe a alma. A abóbada celeste estava tomada por entes, cujas idades ultrapassavam os bilhões ou o próprio infinito. Estrelas navegavam por verdadeiros mares de constelações. Astros agiam como seres divinos o observando com onipresença. E tudo era de uma poesia cósmica e perfeitamente infinita.
Tanto espetáculo era mero indício da vastidão que o compreendia. Vivia em certo asteróide, belo pela sua pequenez. Um minúsculo planeta, de uma, igualmente ínfima galáxia. Um ponto a infinitos anos-luz de distância de tantos mundos quanto a vastidão podia conceber.
Brincando de imensidão, libertou a mente. Abriu os braços e, a alma leve, alçou voo. Quando deu por si, sobrevoava o mundo. Lumes de cidades santas dançavam sob seus pés. E frente aos seus olhos de mero homem sonhador, indícios da grandiosidade do Grande Mistério.
Com humildade, reverenciou o universo, com a certeza de que não o podia decifrar. E sentiu grande contentamento por ser capaz de se sentir tão pequeno. Deslumbramento o elevou ao imenso cosmos, de onde podia conversar com os demais planetas irmãos.
Conheceu algo sobre galáxias e quasares. Vivenciou explosões épicas, acontecidas em tempos tão imemoriais, quanto a própria existência. Vislumbrou partículas, para quem não havia tempo nem espaço. Flutuou sobre nuvens de leveza, perseguindo cometas que brincavam no além. Tocou com a ponta dos dedos, o improvável. Sentiu-se tudo e nada, ao mesmo tempo.
E o espaço se revelou, em bela face, a mais bela face da criação.Tudo regido por sublime melodia.
Vivendo no céu, enfim, encontrou o que procurava: paz, da mais profunda quietude. E teve a certeza de que, por mais grão que fosse, pertencia ao todo. O todo que o abarcava e que também existia dentro de si.
Tanto espetáculo era mero indício da vastidão que o compreendia. Vivia em certo asteróide, belo pela sua pequenez. Um minúsculo planeta, de uma, igualmente ínfima galáxia. Um ponto a infinitos anos-luz de distância de tantos mundos quanto a vastidão podia conceber.
Brincando de imensidão, libertou a mente. Abriu os braços e, a alma leve, alçou voo. Quando deu por si, sobrevoava o mundo. Lumes de cidades santas dançavam sob seus pés. E frente aos seus olhos de mero homem sonhador, indícios da grandiosidade do Grande Mistério.
Com humildade, reverenciou o universo, com a certeza de que não o podia decifrar. E sentiu grande contentamento por ser capaz de se sentir tão pequeno. Deslumbramento o elevou ao imenso cosmos, de onde podia conversar com os demais planetas irmãos.
Conheceu algo sobre galáxias e quasares. Vivenciou explosões épicas, acontecidas em tempos tão imemoriais, quanto a própria existência. Vislumbrou partículas, para quem não havia tempo nem espaço. Flutuou sobre nuvens de leveza, perseguindo cometas que brincavam no além. Tocou com a ponta dos dedos, o improvável. Sentiu-se tudo e nada, ao mesmo tempo.
E o espaço se revelou, em bela face, a mais bela face da criação.Tudo regido por sublime melodia.
Vivendo no céu, enfim, encontrou o que procurava: paz, da mais profunda quietude. E teve a certeza de que, por mais grão que fosse, pertencia ao todo. O todo que o abarcava e que também existia dentro de si.
Anderson Lobo
(pescador de estrelas)
(pescador de estrelas)
"Tudo regido por sublime melodia" nesse verso você diz tudo... um belo texto, parabéns!
ResponderExcluirQue espetáculo para a alma. Senti-me parte do texto, foi uma experiência única. Aplausos!🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
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