Venero os generais, especialistas em ceifar vidas, e, confesso, pois, minha adoração pela
guerra!
Creio na herança violenta das claves. E na natureza belicosa de nós, homens. Tão
revigorante o espetáculo da dança insensata da humanidade.
Por isso, contemplo um míssil teleguiado sobre o céu de Bagdá. E sinto, excitado, o odor
de carne viva e queimada pela energia homicida dos megatons.
Por Deus, acho tão belo o beijo mordaz da senhora pálida, marcando suas vítimas pelos
campos de batalhas! Enquanto soldados se engalfinham, perdidos, entre trincheiras
obscuras.
Ah, o câncer e o corpo reduzido a pó! O sangue escorrendo pelo morro, enveredando-se
pelas ruas cálidas e desaguando no Estige.
Ah, os homens-bomba e os kamikases! Tão poéticos!
Os meninos, sorrindo, empunhando metralhadoras...
A rosa radioativa, tão rubra!
Sua capacidade santa de arrancar toda vida a sua volta!
Ah! a força de um Big Bang!
Sim, como o poetinha,
amo a bomba atômica!
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